sábado, junho 7

Ver e ser Visto


I. convidou-me para ir ao cinema. Não nos víamos a imenso tempo, tinha saudades… I. foi complicada. Talvez tivessemos desistido cedo de mais, nunca tive a certeza. A verdade é que a vi, e acredito que I. também me viu. Mas tudo o que vi sempre me disse que ver não basta. É preciso toda uma conjuntura a volta que não torne a visão algo demasiado difícil. Ver não basta, também é preciso ver. Era complicado ver I.. Muitas vezes não nos víamos por estarmos demasiado cansados e quando estávamos juntos continuávamos, naturalmente, cansados. Vermo-nos e não nos podermos ver era estranho e tornou-se muito complicado. Não bastou. Deixamo-nos de nos ver.

Agora viamo-nos outra vez, sob o pretexto de um filme desses “chick-flick” que ela queria ver e que eu também gosto de ver. Mas mais importante que ver o filme – que foi agradável – foi vermo-nos um ao outro. Depois do cinema pusemos a conversa em dia a frente de 2 cafés e um cigarro. Havia imenso que falar, mas eu não tinha muito tempo porque tinha um jantar ao qual não queria faltar. Ela ofereceu-me boleia até casa e ganhamos mais 15 minutos de conversa com mais 5 á porta de casa. Foi sempre complicado despedir-me das boleias que queria aceitar…

Depois de já estar em casa trocamos ainda umas saudosas SMS.

.

P.H.S.S.

“Obrigado pela boleia :)

Fiquei todo contente com o convite e por te Ver outra vez. Beijinho”

(15 mins)

I.

“Eu tb te vi hoje. Axs k ainda ns pdms vr hj? Bj”

.

P.H.S.S.

“Só se for depois do jantar, depois das 12…”

.

I.

“Voo cedo amanha…”

.

P.H.S.S.

“Vida de aeromoça é complicada :p Queres combinar qualquer coisa amanhã? Bj”

.

I.

“Qd chegar digo kkk. Bom jantar. Bj”

.

Ainda não há resposta…

Beijinho I. Vamo-nos Vendo, sim?

terça-feira, abril 8

"Um tesouro que te deixo,
cidade de amarguras,
olhai os lírios do campo
é aquilo que procuras"

terça-feira, janeiro 22

Citizens of the world:

I too have Facebook
:)



Pedro Saramago's Facebook profile

terça-feira, janeiro 1

Lei do tabaco

Neste novo ano, como todos sabemos, entrou em vigor uma nova lei que proíbe o fumo em lugares públicos fechados.


Não gosto nada desta nova lei. Parece-me que devia ser reciclada em papel de enrolar tabaco. Vejamos o que estes camaradas socialistas resolveram fazer: Para tutelar a saúde pública o legislador resolveu ilegalizar a possibilidade de fumar em locais fechados. Não compreendo muito bem como é que, no âmbito da tutela da saúde pública, se considera que fumar é mais gravoso para os fumadores passivos - que não fumam - do que para os fumadores que realmente fumam. Se acender um cigarro é assim tão perigoso para as pessoas que rodeiam o fumador, como é possivel que o não seja para o próprio fumador? Verdade é que é ainda mais nocivo para o fumador o fumo do seu próprio cigarro. Como se pode, então, aceitar que se evoque a saúde daqueles que são menos prejudicados pelo cigarro?

Não faz muito sentido, é muito pouco coerente e perfeitamente hipócrita. Mas, pessoalmente, acho até ultrajante. Como fumador nunca na vida me pediram para apagar um cigarro. Mas se alguma vez mo tivessem pedido fá-lo-ia no segundo seguinte. Mais: o facto de nunca na vida isso ter acontecido é muito exemplificativo da importância que se dá á relação entre saúde pública e o tabaco - nenhuma. Peço imensa desculpa aqueles que defendem esta lei mas, mesmo de vós, poucos ou mesmo nenhuns pediram alguma vez para que se apagasse um cigarro. Se se condena o fumo do tabaco, porque é mau, como se aceita o tabaco? Será que é bom?

Fumar é uma actividade social. Sempre se fumou nos cafés, nos restaurantes, a seguir as refeições, a seguir aos cafés, a acompanhar um copo e uma noite com os amigos. Fuma-se bastante socialmente, é normalíssimo e o mais engraçado é que ninguém se importa verdadeiramente com isso - e aqueles que se importam sempre tiveram a liberdade de pedir para apagar um cigarro. E este sistema resulta: Vi duas ou três vezes pedirem para apagar o cigarro e isso aconteceu, sem discussão e até com pedidos de desculpa. Os fumadores não são uns ditadores que impõem a alguém o seu fumo: são ate bastante simpáticos e compreensivos! É ridiculo que tenha passado a haver um sinal, perto demais do «proibido entrada a animais», que demoniza os fumadores ou que, no minimo, lhes retira aquilo que é um enorme prazer para introduzir algo em que ninguem está, verdadeiramente, preocupado.

Não gosto mesmo nada desta lei. Para alem de se demonizar os fumadores - esses assassinos que andam a ver se exterminam a malta com o seu incompreensivel fumo - é uma lei que tutela a saúde daqueles que são menos prejudicados pelo fumo tabaco e uma lei que não só priva a liberdade dos fumadores, como também os priva de certos prazeres de incalculável valor. Só um fumador consegue saber o prazer que é fumar um cigarro a seguir ao jantar, ao café, ao cinema ou com os amigos. Ou até mesmo quando estamos sozinhos, por acaso num sitio público fechado, e nos pomos a pensar na vida - ou então no caminho mais rápido fora dali para fumar um desesperado cigarro. É demasiado opressor, não gosto de não poder fumar onde quero, quando quero. Quero a minha liberdade de volta!

«Ó tempo! Volta pa trás
Dá-me tudo o que eu perdi...»

Fumadores deste mundo, uni-vos!


Um 2008 cheio de prazeres proibidos!
:)


I want my gigarettes back, bitch!

segunda-feira, dezembro 17

Au revoir Simone. Toi me manques...

Era suposto estar de greve, eu sei... é uma pequena - talvez duradoura - interrupção desta minha greve para dar, talvez uma sugestão de natal, ou então 5 minutos de musica boa.

É de um grupo de raparigas escandinavas, muito clean, muito instrumental, que dizem adeus à Simone, uma qualquer Simone mais perdida ou mais achada. Quiçá nem uma nem outra. Mas uma Simone que vale a pena ir atrás e que toca a mais feliz musica triste que já ouvi.





Play me a sad song
'Cause that’s what I want to hear
I want you to make me cry
I want to remember the places that we left
Lost to the mists of time

I know that you’ll go soon
You’ll find out so take me with you always
I know that you’ll go soon
You’ll find out so take me with you always

On buses that move through the night
We sleep on and on
We got off at Memphis
Black-top heat will make us thirsty
We’ll never get sick anymore

I know that you’ll go soon
You’ll find out so take me with you always
I know that you’ll go soon
You’ll find out so take me with you always

Play me a sad song
'Cause that’s what I want to hear
I want you to make me cry
I want to remember the places that we left
Lost to the mists of time.
----------------
Now playing: Au Revoir Simone - Sad Song
via FoxyTunes

sexta-feira, setembro 7

Me is beening stikes

Me, comarade of these Communist Replubic of China P.H.S.S., declare to beening in strike for me only work factory has 4 persons no more persons other comment or posting. No fair, me don't like. Me be strike.

In my humble opinion
P.H.S.S.

quinta-feira, setembro 6

Retro Sounds: Rippin Kitten por Miss Kitten & Golden Boy

Mommy!
Can I go out to kill tonight?
I feel... I feel like taking a life.

Please...
I want to steal the kitchen knife
and feel... feel like taking a life

Daddy,
Can I go out and hunt tonight
Like you do on Sunday mornings

Honey,
Give me a real jungle knife
to feel... to feel like taking my life




Retro non-sense rules!!

Pensamento do dia


Viver é complicado, morrer ainda é pior.
(Believe me, I know... I just know it, ok?)


:P

sábado, setembro 1

Papa com Ele

A única entidade, segundo os cânones da Igreja Católica, que contacta com Deus – através de uma ligação íntima com Ele e através da assistência sobrenatural do Espírito Santo – é o Papa. É esta singular característica que possibilita o dogma da infalibilidade papal e lhe confere o poder de interpretar a Bíblia sem possibilidade de erro a respeito da fé nem da moral.

Este poder de infalibilidade papal é, para mim, coisa de torcer o nariz. Acho curioso que um ser humano - e imperfeito - seja infalível e irrevogável, mesmo que as questões infalíveis sejam «ex cátedra».

É também muito curioso que Deus escolha, na sua omnipotência e omnipresença, manifestar/contactar (quase) unicamente com o chefe da Sua Igreja. Porque não manifestar-se aos califas e dalai lamas deste mundo? Ou até mesmo iluminar a vida de algum (in)fiel mais escurecido, mais perdido?


Nestas férias imaginei um desses contactos do Omnipotente com o actual Papa Bento XVI (Ex-Cardeal Joseph Ratzinger)

Deus: Ó Zé! Tas a dormir?
Bento XVI: Agora já não…
Deus: Ouve lá… Acho que fiz uma asneiras nesta brincadeira… Vê lá se me das uma mãozinha a arranjar as coisas, ok?
Bento XVI: São 4 da manhã. Marca uma audiência e depois falamos. Amanhã entro as 8 e meia. Pós amigos há sempre um tempinho.
Deus: Mas amanhã é Domingo e Eu não trabalho… Aquela história do 7º dia lembras-te?
Bento XVI: Olha que esta! O Sr. Omnipotente não faz horas ao Domingo… Vai mas é trabalhar, malandro…

O Papa virou-se para o lado onde dorme melhor. É importante descansar já que, ao contrário do Outro, ele não tem muitos poderes.
Nessa noite entrou o louco na Praça de S.Pedro que, correndo de um lado para o outro com uma lanterna acesa, perguntava: «Onde estás, Deus? Estás aqui?» Ele não apareceu.


O mundo continua a girar em torno do Sol.
Não basta.

Está tudo em ordem.
Estará?

Consciência.
Até que ponto sou livre para tê-la?

A moral, a ética e o bem.
Onde? Quando? Quem?

Equívocos.
De todos Nós.


A perfeição não é singular, é plural.
Resta saber qual a Pluralidade.

sábado, julho 14

António Barreto faz o retrato de Sócrates

A saída de António Costa para a Câmara de Lisboa pode ser interpretada de muitas maneiras. Mas, se as intenções podem ser interessantes, os resultados é que contam.
Entre estes, está o facto de o candidato à autarquia se ter afastado do governo e do partido, o que deixa Sócrates praticamente sozinho à frente de um e de outro. Único senhor a bordo tem um mestre e uma inspiração. Com Guterres, o primeiro-ministro aprendeu a ambição pessoal, mas, contra ele, percebeu que a indecisão pode ser fatal.
A ponto de, com zelo, se exceder: prefere decidir mal, mas rapidamente, do que adiar para estudar. Em Cavaco, colheu o desdém pelo seu partido. Com os dois e com a sua própria intuição autoritária, compreendeu que se pode governar sem políticos.
Onde estão os políticos socialistas? Aqueles que conhecemos,cujas ideias pesaram alguma coisa e que são responsáveis pelo seu passado?
Uns saneados, outros afastados. Uns reformaram-se da política, outros foram encostados. Uns foram promovidos ao céu, outros mudaram de profissão. Uns foram viajar, outros ganhar dinheiro. Uns desapareceram sem deixar vestígios, outros estão empregados nas empresas que dependem do Governo.
Manuel Alegre resiste, mas já não conta.
Medeiros Ferreira ensina e escreve. Jaime Gama preside sem
poderes. João Cravinho emigrou. Jorge Coelho está a milhas de distância e vai
dizendo, sem convicção, que o socialismo ainda existe. António Vitorino,eterno desejado, exerce a sua profissão.


Almeida Santos justifica tudo. Freitas do Amaral reformou-se. Alberto Martins apagou-se. Mário Soares ocupa-se da globalização. Carlos César limitou-se definitivamente aos Açores. João Soares espera. Helena Roseta foi à sua vida independente. Os grandes autarcas do partido estão reduzidos à insignificância. O Grupo Parlamentar parece um jardim-escola sedado. Os sindicalistas quase não existem. O actual pensamento dos socialistas resume-se a uma lengalenga pragmática, justificativa e repetitiva sobre a inevitabilidade do governo e da luta contra o défice. O ideário contemporâneo dos socialistas portugueses é mais silencioso do que a meditação budista. Ainda por cima, Sócrates percebeu depressa que nunca o sentimento público esteve, como hoje, tão adverso e tão farto da política e dos políticos. Sem hesitar, apanhou a onda.


Desengane-se quem pensa que as gafes dos ministros incomodam Sócrates. Não mais do que picadas de mosquito. As gafes entretêm a opinião, mobilizam a imprensa, distraem a oposição e ocupam o Parlamento. Mas nada de essencial está em causa. Os disparates de Manuel Pinho fazem rir toda a gente. As tontarias e a prestidigitação estatística de Mário Lino são pura diversão. E não se pense que a irrelevância da maior parte dos ministros, que nada têm a dizer para além dos seus assuntos técnicos, perturba o primeiro-ministro. É assim que ele os quer, como se fossem directores-gerais. Só o problema da Universidade Independente e dos seus diplomas o incomodou realmente. Mas tratava-se, politicamente, de questão menor. Percebeu que as suas fragilidades podiam ser expostas e que nem tudo estava sob controlo. Mas nada de semelhante se repetirá.
O estilo de Sócrates consolida-se. Autoritário. Crispado.
Despótico.
Irritado. Enervado.


Detesta ser contrariado. Não admite perguntas que não estavam previstas. Pretende saber, sobre as pessoas, o que há para saber. Deseja ter tudo quanto vive sob controlo.
Tem os seus sermões preparados todos os dias. Só ele faz política, ajudado por uma máquina poderosa de recolha de informações, de manipulação da imprensa, de propaganda e de encenação. O verdadeiro Sócrates está presente nos novos bilhetes de identidade, nas tentativas de Augusto Santos Silva de tutelar a imprensa livre, na teimosia descabelada de Mário Lino, na concentração das polícias sob seu mando e no processo que o Ministério da Educação abriu contra um funcionário que se exprimiu em privado. O estilo de Sócrates está vivo, por inteiro, no ambiente que se vive, feito já de medo e apreensão. A austeridade administrativa e orçamental ameaça a tranquilidade de cidadãos que sentem que a sua liberdade de expressão pode ser onerosa. A imprensa sabe o que tem de pagar para aceder à informação.
As empresas conhecem as iras do Governo e fazem as contas ao que têm de fazer para ter acesso aos fundos e às autorizações.
Sem partido que o incomode, sem ministros politicamente competentes e sem oposição à altura, Sócrates trata de si. Rodeado de adjuntos dispostos a tudo e com a benevolência de alguns interesses económicos, Sócrates governa. Com uma maioria dócil, uma oposição desorientada e um rol de secretários de Estado zelosos, ocupa eficientemente, como nunca nas últimas décadas, a Administração Pública e os cargos dirigentes do Estado. Nomeia e saneia a bel-prazer. Há quem diga que o vamos ter durante mais uns anos. É possível. Mas não é boa notícia. É sinal da impotência da oposição. De incompetência da sociedade. De fraqueza das organizações. E da falta de carinho dos portugueses pela liberdade.»

António Barreto
[Público assinantes]

segunda-feira, junho 25

Diz que sou parecido com eles...

terça-feira, junho 5

Definição

«Original quote»
Desculpem lá... não há pachorra


Mas houve alguém que me alertou para estes "espaços de definição". Escrever sobre mim é realmente uma coisa que não tenho pachorra, e isso também define...


Sou obcecado. Gosto de Deus. Não sei arranjar assunto. Sou apartidário. Sou liberal. Sou sério. Tenho péssimo acordar. Não consigo estar quieto com as pernas. Tenho a mania de lavar as mãos. Passo me quando acordo com os pés fora de cama. Cheiro a tabaco.


Mentir devia ser proibido.
Gosto de contradições internas. Detesto falta de lógica.


Não gosto de estar sozinho. Não gosto de estar mal acompanhado. Não gosto de arte moderna. Não gosto de chatos. Não gostos de comentários que não acrescentam. Não gosto de acordar. Não gosto de hipocrisia. Não gosto de fundamentalismos. Não gosto de intolerância. Não gosto de «achar» coisas. Não gosto quando se começa uma frase por «Acho que...» não gosto de rap. Nem de hip-hop.


Não gosto de porque sim's


Gosto dos meus amigos. Gosto de estar do lado deles. Gosto de filosofia. Gosto de me apaixonar. Gosto de musica. Gosto de fumar. Gosto de dizer disparates. Gosto de ter bons planos para o fim-de-semana. Gosto de sair com os amigos. Gosto de jantar fora. Gosto de ir ao cinema. Gosto de ler o jornal. Gosto de não fazer nada. Gosto de bater o pé.


Gosto de porque não's


Deus fascina-me. O bem fascina-me. Fascina-me o bicho que o homem é. Fascina-me saber que estou vivo. Fascina-me gostar de andar por aqui. Fascina-me que haja quem não goste. Fascina-me a possibilidade que os outros também possam estar vivos. Fascina-me arquitectura. Fascina-me que haja quem não te veja como uma pessoa de pleno direito. Fascina-me que, até eu, te peça para te calares quando eu estou a falar. Para depois te interromper. Fascina-me a falta de seriedade. Fascina-me não saber o que se passa a minha volta quando durmo. Fascina-me que gostem de mim. Fascina-me que haja quem me ature. Fascina-me não saber o que quero.


Fascina-me nunca ter tentado saber aquilo que eu não gosto, aquilo que gosto nem aquilo que me fascina. Fascina-me ter aprendido tanto.


Também me fascina que haja quem tenha lido isto até ao fim... fascinam me os masoquistas...

segunda-feira, maio 28

Algo a que chamo Portugal

Há conceitos e ideias que, à partida, não estão ao alcance do ser humano, o conceito de Portugal é um deles. Não se pense que se trata de uma ideia abstracta ou demasiado trabalhosa de descrever, não, na verdade o caso é até bem simples. É precisamente por ser um caso simples que tende a escapar à nossa compreensão, se é que não escapa por completo.

Tentar explicar esta ideia seria tão absurdo como pedir a um cão que reescrevesse as obras completas de Shakespeare, pelo que me resigno somente a dar conta da função desta ideia. Na verdade, a nossa maneira (dos portugueses) de agir baseia-se muito na ideia que temos do nosso país. Os que o acham um caso perdido e irresolúvel, mas que apesar disso não perdem a secreta esperança de isto funcionar tendem a deixar que a crítica feroz e constante faça parte da sua rotina, o que não é necessariamente mau; os mais reservados e observadores limitam-se a tecer breves comentários pouco comprometedores, seguindo a sua vida alheios ao resto; os que estão indiferentes a tudo isto resolvem ler jornais desportivos, recorrer a uns quantos lugares-comuns e pensar no que vão fazer a seguir; os que não fazem ideia do que se está a passar optam por mandar aquilo a que se chama um “bitaite”, julgando que têm toda a legitimidade e verdade do mundo.

Existem mais atitudes, mais posições, mas para este caso só me interessa apresentar estas, porque cada uma tem uma maneira de agir própria baseada também numa diferente, mas igualmente válida, ideia de Portugal.

Qual é a minha maneira de agir? Acho que não a sei categorizar. Assisto a tudo isto: uns que sabem mas não mostram, uns que roubam, uns que mentem, outros que se escondem, uns que fazem rir e outros que tentam ser sérios. Eu assisto a tudo isto e não sei dizer o que é, só sei chamar-lhe Portugal.

segunda-feira, maio 21

THE Non sense...

Há uma vontade não recolhível, dilemas e lemas por lutar, são tantos bocados de mim, perdidos na tormenta que se não mede, uma lealdade basilar que não treme se quer ao vento, Quero Dormir, que é isso de dormir... 5min, no restaurante, antes de chegar o menu, e 3min depois de pagar a conta... Vida a minha, onde os paletós são cor de rosa, e as cuecas pretas, os soutiens delas sao azuis escuros e tem risca fininha, enquanto as minhas meias têem elefantes cor de rosa que rodopiam antes de levantar voo.

segunda-feira, abril 23

Há quem diga que às vezes é preciso. Há quem diga que é sempre... Há quem lhe chame coisas estranhas. Eu não sei o que chamar. Só sei o que faz em mim. Vejo, ao longe, ainda, e começa, desponta aquele friozinho na barriga, aquela sensação de falta, aquela coisa que é nervoso, intenso, sentimento, verdadeiro, saudade, alegria, porto-seguro, porto de abrigo, calma, preenchimento completo... Aquele sorriso, riso, entre dentes susurruar qualquer coisa de mágico, tem sempre graça, graçiosidde, tem mística, é diferente, o jeitinho especial que os lábios fazem ao esboçar um sorriso, tudo ao pormenor é instântaneo é espontâneo... é livre...E depois, em conversa, que quero longa, segurar cuidadosamente aquelas finas mãos, aquelas quentes mãos, mãos limpas, livres, com um coração sempre aberto... dando-se. Que se feixa, numa carapaça dura, tipo caixa-forte, impenetrável, mas não há força, como a força do Amor, como a força da verdade. Sentir o respirar, encostando a minha cabeça à cabeça dela, encontrar o seu cabelo pelo meio, estar assim lado a lado, com a cabeça no ombro, a escassos centímetros daquela boca proibida, sentir a proximidade, que creio mutua, senti-la! E depois como acordando, o brusco separar, o repentino afastamento porque alguém pode ver, e nem eu nem ela, admitimos que há qualquer coisa! Simplesmente porque não pode haver. Somos demasiado diferentes. E ao mesmo tempo demasiadamente iguais. Ela não se apaixona. Eu amo. E se... ela amasse... uma vez na vida que fosse, já teria valido a pena, uma vez que fosse que ela admitisse que ama, coisa impossível, ela só ama... a lua... só O ama... só A ama.Depois, as mãos unem-se. Como por feitiço. Tem de se tocar. Há uma necessidade. Uma necessidade que impera. Revela-se de todo não racional, ultrapassa tudo. Tem que se sentir o outro. Cada dia, chega mais perto... mais perto... quem sabe do derradeiro abalo, mas até lá, ama-se, vive-se, escolhe-se, arrisca-se! E cada momento vale uma eternidade, cada momento com ela...Aquela alegria de viver. Aquela maneira de ver o Mundo. A maneira de me olhar, de me ver. Aqueles olhos lindos, penetrantes que têm medo de ouvir as verdades. Que têm medo de serem amados e de amarem. Não há alegria como a da sua presença. Não há sentimento que não mude, que não se transforme... Se eu pudesse passar todo o dia junto a ela, falando, ouvindo, conversando tocando, discutindo, beijando, enfim... amando, que dia seria esse, até onde chegaria a minha vontade e começaria a outra...
É amor!

já escrevi, já se escreveu, o único medo que tenho é da obra prima. essa essencia que se busca e que, a dizer se encontrou, e que agora sombreia tudo o resto. Quem ama como eu amo, vence medos e move montanhas por isso eu reescrevo,
Ao longe ainda se não vê se quer a sombra e já conheco o passo, o ritmo, o caminho que vai seguir, ainda não abriu a boca e já o discurso é conhecido, cada palavra, cada som, cada momento de pausa, cada ansiedade, todo e qualquer jeito especial de Viver que Ela tem.
Medo já não tenho. Medo de não poder dar a mão, de não poder com todo o carinho que conheco com a calma de quem vive apaixonado, passear os dedos por entre os dedos, numa pele meiga como os melhores dos cetins, sensível como o mais precioso dos tecidos e tão única que não posso aqui tentar descrever o que sinto.
Cada deslizar magico arrepia. O coração torna-se tão pequeno e tão grande, com tanta vontade de fazer aquilo para que nasceu. Há um aperto no peito que pára e empurra, que trava e que impulsiona cada momento como se fosse o primeiro.
Os olhos mágicos cativam-me. Os olhos místicos devoram me o interior como se fosse alimento literal, conhecem inteiramente o meu ser, são aterrorizadores porque quando não estão e estão longe nem a imaginação os consegue recriar, cria imagina sonha idealiza, Tudo! e nada... Aqueles olhos que me falam ao que só eles sabem, a uma noite escura onde ganhou vida um ser que ainda não era e que hoje não pode não ser.
Cada segundo de ausência marca a presença a dobrar. Há quem viva, há quem sofra, há quem se angustie, há quem se consuma, há quem nos consuma, há quem apoie, há quem manda e quem decida e ainda quem obdece, mas no topo desta cadeia alimentar, há os que amam!
Esses louvam, adoram, agradecem, veneram, voluntariam-se, entregam-se, esgotam-se, estoiram-se, trabalham... Mas acima de tudo dão-se.
Há todo um mistério de todo não racional, de todo não perceptível, uma mistério que se guarda numa caixa forte chamada oração e no sítio mais seguro de todos, no nosso vaso de barro do nosso coração. Há coisas que não se percebem, que não são para perceber e que por mais esforço, empenho, afinco e dedicação apenas percebemos o que já sabíamos.
É Amor!

terça-feira, abril 17

O Sr. Dr. Engº Socrates

Achei genial. É de um blogue muito simpatico, o http://blogantiblog.blogs.sapo.pt/
Não é um original meu, e não é plagio... so que não percebo o nome do camarada que escreveu isto... fica assim...

Quarta-feira, 11 de Abril de 2007
Novas oportunidades

Como sempre, o blog anti blog teve acesso privilegiado à nova campanha que o Governo, especialista em marketing criou para promover o programa novas oportunidades. Depois de nomes de sucesso como Pedro Abrunhosa, Maria Gambina ou Judite de Sousa, é o próprio primeiro-ministro que dá a cara pela campanha, que pretende que os portugueses invistam na sua formação académica e profissional, o que, como é bem sabido, foi o caso do primeiro ministro José Sócrates, que tanto se esforçou para obter a sua licenciatura, tendo em vista um futuro mais promissor! Bem aventurado seja, Engenheiro José Sócrates, por levares portugal a abrir os olhos para a importância dos estudos!

ESTE É O JOSÉ SÓCRATES QUE NÃO ACABOU OS ESTUDOS!



José Sócrates não teria um grande papel na política portuguesa se não tivesse investido na sua formação. Agora tu também podes fazê-lo. A Iniciativa Novas Oportunidades oferece unúmeras opções para continuares a estudar numa via profissionalizante para a qual te sintas vocacionado. Não desistas de estudar. Aprender compensa. Informa-te na tua escola, liga 707 242 004 ou consulta www.novasoportunidades.gov.pt


NOVAS OPORTUNIDADES


APRENDER COMPENSA

publicado por товарищ Acolito às 00:12
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segunda-feira, março 26

O Libertino


Dissoluto, devasso, crapuloso, ímpio, livre-pensador.

Beco sem saída. Por onde ir, para onde me virar? Para trás? Não, para trás não é o caminho! Qual é o caminho então? Furar a parede.

quinta-feira, março 22

Voltar

Reencontrar algo que foi nosso e que nos preencheu é sempre um agradável aconchego à alma. Encontro agora este espaço deixado ao abandono e recordo-me do que foi escrito, mostrado e discutido. Recordo-me mais um bocadinho e penso: o gelo formou-se mas felizmente temos um quebra-gelo para o partir outra vez.
O mundo não pode ficar privado do serviço blogosférico.

segunda-feira, fevereiro 19

Votados ao exílio e incentivados ao abandono, perde-se a vontade de escrever e a continuação não tem abono.
Capítulos tristes de um blog que agora o é, temos pena que seja assim e esperemos que continue de pé.

domingo, fevereiro 4

...

3~º

a pressa era tanta que a porta fechou-se na cara (na minha), fiquei de fora. todos os dias me levanto às 7.43, me arrasto até à casa de banho, me civilizo, e saio. todos os dias tenho o evento que vai acontecer. o evento é o evento. todos sabem, todos vão, mas nunca niguém viu. eu falto às aulas, e aos testes, e aos encontros, e aos cinemas, eu falto até aos recreios para ir. todos os dias, me dizem "em si não há lugar para Lisboa". eu nao percebo, regateio, barafusto, cuspo palavras que me soam bem mas que nao sei o que querem dizer, e... a porta fecha-se.

desligou, ao longe vê-se desasossegada uma imagem turva e lenta, entre padecer e definhar, cabeçeia e por cima do ombro vê quem olha, postra-se no centro do corredor, escuta o correr da agua no cano da parede, e há uk turbilhão imenso e turbulento, fantasmagórico!
E...

domingo, janeiro 28

Jejum

Foram uns dias mas cá estamos de volta. Porque é que parámos de escrever? Não sabemos.
Às vezes deixamos inconscientemente que as coisas se sobreponham aos nossos interesses e agimos de forma distraída. Este post é uma espécie de desculpa aos nosso leitores mais assíduos, se é que ainda os temos.
Aproveito também este espaço para dizer que já abriu o primeiro restaurante nepalês em Portugal! A indútria da restauração é fantástica!



Cumprimentos do staff técnico do Quebra.