sexta-feira, novembro 24

Sorriu... Caiu a caneta e saiu dele mesmo, chovia e ele sonhava.
Tanto sonho, tanta coisa, tanto tudo em tão pouco. Queria a chuva desejava tudo, tudo ao mesmo tempo para não ser ao compasso de ser...


Deixa espaço para ser o que queria, sendo no sonho de um dia o que numa vida não poderia, que cada um deveria querer.


Sorriu... Sabendo que não é assim, ele queria ser chuva, voar ser levado, transbordar de si mesmo, viver alucinado, numa correria doida de incansável viagem sem parar nunca em tempo algum, conhecer mil terras, viver milhares de países, sentir o mundo na palma da mão que não tinha, e ser, acima de tudo ser, o que se é quando nada se tem de ser... (se calhar) ele!

Deixa espaço para ser o que queria, sabendo que é somente um... f... talvez poeta, porque (esse) não vive, sonha onde não se sonha...

Sorrindo, a turbulência abala a estabilidade, há muita, por todo o lado, por cima por baixo por lado enviezada , forte, fraca, simplesmente brutal... e continua a queda é abrupta, tem medo , morre de medo, e sorri!

STRSH!!! o calor de uma família do outro lado do vidro, de um coração que vive e que sente verdadeiramente tudo o que sofre e passa... a gota escorre pela vidraça nova, em caixilho de aluminio, acabou!

Ele sorri, gostou de practicar um sonho que provavelmente não era praticado, hoje, foi bom para ele, este sonho de não sonhar de viver somente, numa tempestade cinza...