quinta-feira, outubro 12

A besta e os chatos

Andei por aqui a pensar – já não me lembro bem a que propósito – em C.. É um gajo de quem eu até gosto. E é mais esperto do que parece. Dá as aulas de uma maneira interessante, de modo a que seja fácil saber que resposta é suposto dar nos testes. No entanto nada disso altera o facto do gajo ser uma besta – ou para por as coisas de uma forma mais correcta, se faça de besta.

Eu e os meus botões andamos por aqui a pensar – embora eu na realidade esteja nu e desprovido de botões mas adiante – [estive a pensar no] quão desinteressante seriam as aulas desse determinado prof. se o senhor não agisse como uma besta. A única e simples palavra para descrever a complexidade daquele ser é besta. Ora, se toda aquela bestialidade daquele ser lhe fosse imputada ficaríamos com um chato. As bestas são seres divertidos. Eu gosto das bestas, sempre dá para rir um bocado. E aquelas aulas dadas sem ser por alguém que, assim de vez em quando, faça a gente rir um bocado seriam o suicídio em massa. O Horror. O Pânico – parafraseando o tio Albarran. Para ter umas aulas de «» engraçadas e mesmo preciso ser besta.

Ora imaginemos um C. sem bestialidade. Imaginemos pois um chato. Não há pachorra para aturar chatos. E o pior e que «eles andem aí». E temos que levar com eles – porque até somos gajos bem-educados e tal e quando um marmanjo da minha turma me dirige a palavra não lhe vou virar a cara. Por isso levamos com os chatos. E, desculpem me lá, é uma chatice aturar chatos e não desejo isso nem ao meu pior inimigo. A única coisa pior que um chato, é um chato burro. Um daqueles chatos que consegue ser tão absolutamente chato, que nos sujeita a sua estupidez sem conseguir perceber que estamos a manda-lo para trás. É uma chatice! E como o chato que é chato não consegue enxergar que é chato, não percebe que ninguém se está para chatear com as chatas chatices pelas quais os chatos se interessam. São coisas chatas, é uma chatice. É o Horror. O Pânico! A repentina vontade de bater contra as paredes ou de correr contra uma janela aberta.

Eu só vejo uma solução: A criação de um gueto para os chatos. Uma estrutura organizada para os chatos. Onde eles possam conviver numa sociedade mais ou menos segura – para eles, mas especialmente para nós – onde os chatos ganhariam uma certa e progressiva higiene social que lhes permita, a curto, médio, longo ou longuíssimo prazo ficar lá a vida toda ou ate conseguirem ter uma conversa interessante. Poder-se-ia chamar a essa estrutura hospício ou centro de reabilitação social

Tudo isto parece muito engraçado mas a chatice e um gravíssimo problema social. A chatice é motivadora do desinteresse. Se a politica não fosse tão chata, estaríamos mais receptivos a participar nela. A chatice que a politica é, é um enorme entrave a uma vivência verdadeiramente Democrática. Se formos por outra via, a chatice faz divórcios – ninguém quer estar – até ao resto da vida, pelo amor de Deus – com um chato. A chatice causa insucesso escolar – é uma chatice estudar. É uma chatice levar com chatos – faz-me dores de cabeça.

2 Comments:

At 11:10 da tarde, Blogger Monkey said...

É uma chatice o psot ser tão grande pois alguns chatos vão achar chato e não vão ler. :P

 
At 11:23 da tarde, Anonymous Anónimo said...

O mike tem razão... Tambem es um chato por escrever artigos tão grandes. Ainda bem que eu não concordo contigo em muitas coisas, há chatos com quem vale a pena estar.
A chata de serviço :p

 

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