sábado, maio 13

Num dia em que me sinto poético:

Estudar é sempre a mesma cena,
obrigam-nos a decorar,
da página maior até à mais pequena,
não importa o que lá esteja a enfeitar.

O aborrecimento invade-me,
a preguiça também,
só me apetece queimar o livro,
ou dá-lo a alguém.

Acontecimentos enfadonhos,
datas insignificantes,
penteados medonhos,
no livro de História são uma constante.

Transportes e comunicações,
juntamente com as pescas,
é a Geografia e as suas lições,
esquecê-las seria uma festa.

Do Inglês não menciono nada,
porque me pode sair algo pior,
é melhor manter a boca calada,
e atirar os livros para o contentor.

Português até é giro,
é pena a gramática,
que nos abala como um tiro,
e deixa a nossa mente reumática.

Se há coisa que eu não percebo,
é porque temos Matemática,
se temos calculadoras,
não percebo a problemática.

Agora vou filosofar,
e centrar-me na construção das premissas,
as mil e uma formas de pensar,
ensinar o padre a dizer a missa.

Em suma,
estudar é um alíbi,
para se no emprego nos criticarem,
dizemos: "Ah, mas eu aprendi aqui!"

3 Comments:

At 5:55 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Simplesmente perfeito!!! Parabéns senhor poeta!!!

 
At 9:43 da tarde, Anonymous Anónimo said...

tens futuro!..
exprimenta estar em ciencias, sentir isto tudo 20 vezes mais,
perceber que afinal nao percebes nada pq nao basta decorar,
sentir o peso de médias colossais,
sentir que nao tens um tempinho para descansar

 
At 11:50 da tarde, Anonymous Anónimo said...

afinal as aulas ate dao jeito...se nao fossem elas os poemas nao saiam tao bem....

 

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