segunda-feira, abril 23

Há quem diga que às vezes é preciso. Há quem diga que é sempre... Há quem lhe chame coisas estranhas. Eu não sei o que chamar. Só sei o que faz em mim. Vejo, ao longe, ainda, e começa, desponta aquele friozinho na barriga, aquela sensação de falta, aquela coisa que é nervoso, intenso, sentimento, verdadeiro, saudade, alegria, porto-seguro, porto de abrigo, calma, preenchimento completo... Aquele sorriso, riso, entre dentes susurruar qualquer coisa de mágico, tem sempre graça, graçiosidde, tem mística, é diferente, o jeitinho especial que os lábios fazem ao esboçar um sorriso, tudo ao pormenor é instântaneo é espontâneo... é livre...E depois, em conversa, que quero longa, segurar cuidadosamente aquelas finas mãos, aquelas quentes mãos, mãos limpas, livres, com um coração sempre aberto... dando-se. Que se feixa, numa carapaça dura, tipo caixa-forte, impenetrável, mas não há força, como a força do Amor, como a força da verdade. Sentir o respirar, encostando a minha cabeça à cabeça dela, encontrar o seu cabelo pelo meio, estar assim lado a lado, com a cabeça no ombro, a escassos centímetros daquela boca proibida, sentir a proximidade, que creio mutua, senti-la! E depois como acordando, o brusco separar, o repentino afastamento porque alguém pode ver, e nem eu nem ela, admitimos que há qualquer coisa! Simplesmente porque não pode haver. Somos demasiado diferentes. E ao mesmo tempo demasiadamente iguais. Ela não se apaixona. Eu amo. E se... ela amasse... uma vez na vida que fosse, já teria valido a pena, uma vez que fosse que ela admitisse que ama, coisa impossível, ela só ama... a lua... só O ama... só A ama.Depois, as mãos unem-se. Como por feitiço. Tem de se tocar. Há uma necessidade. Uma necessidade que impera. Revela-se de todo não racional, ultrapassa tudo. Tem que se sentir o outro. Cada dia, chega mais perto... mais perto... quem sabe do derradeiro abalo, mas até lá, ama-se, vive-se, escolhe-se, arrisca-se! E cada momento vale uma eternidade, cada momento com ela...Aquela alegria de viver. Aquela maneira de ver o Mundo. A maneira de me olhar, de me ver. Aqueles olhos lindos, penetrantes que têm medo de ouvir as verdades. Que têm medo de serem amados e de amarem. Não há alegria como a da sua presença. Não há sentimento que não mude, que não se transforme... Se eu pudesse passar todo o dia junto a ela, falando, ouvindo, conversando tocando, discutindo, beijando, enfim... amando, que dia seria esse, até onde chegaria a minha vontade e começaria a outra...
É amor!

1 Comments:

At 12:13 da manhã, Blogger Unknown said...

Palavras muito próximas do próprio sentimento... tão próximas quanto a impossibilidade de elas o tocarem. Obrigado.

 

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